sábado, 21 de agosto de 2010
Augusto dos Anjos
Augusto dos Anjos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Roda . . . .
Minha volta-e-meia eu dou
Nessa "ciranda de louco".
(Já que o anel não se quebrou,
Pra poder entrar na roda,
Exijo que seja dito:
-Não é hora de ir embora!
Que a ciranda vai seguindo
E esta, enfim, é minha vez:
Recita o poema mais lindo
Nesta união de vocês!
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Erga essa cabeça
Quem cultiva a semente do amor
Segue em frente e não se apavora
Se na vida encontrar dissabor
Vai saber esperar sua hora
Às vezes a felicidade demora a chegar
Aí é que a gente não pode deixar de sonhar
Guerreiro não foge da luta não pode correr
Ninguém vai poder atrasar quem nasceu pra vencer
É dia de sol, mas o tempo pode fechar
A chuva só vem quando tem que molhar
Na vida é preciso aprender
Se colhe o bem que plantar
É Deus quem aponta a estrela que tem que brilhar.
Manda essa tristeza embora.
Basta acreditar que o novo dia vai raiar
Sua hora vai chegar.
Ouvi muito essa música esse final de semana valeu mesmo.