quinta-feira, 22 de novembro de 2007

AMAR

AMAR

Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal,
senão rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e
uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuido pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

EU AINDA TENHO UM SONHO


"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.

Cem anos atrás, um grande estadunidense, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros. Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação. Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade estadunidense e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.

De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo estadunidense seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".

Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.

Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo. Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial. Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.

Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só.

E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?"

Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.

Eu não esqueci que alguns de vocês vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de vocês vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Vocês são os veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho estadunidense.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta.

Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livres. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.

"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.

Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,

De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"

E se os Estados Unidos é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.

E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.

Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.

Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.

Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.

Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.

Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.

Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.

Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.

Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.

E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:

"Livre afinal, livre afinal.

Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

HOJE DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA E UM POUCO DE MARTIN LUTHER KING NÃO FAZ MAL A NINGUÉM


A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar.

Já aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas ainda não aprendemos a conviver como irmãos.

Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez consciente.

Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos.

Um líder autêntico, em vez de buscar consenso, molda-o."
  • "A greve, no fundo, é a linguagem dos que não são ouvidos."
  • "O bom vizinho olha além das circunstâncias externas e distingue aquelas qualidades intrínsecas que fazem de todos os homens seres humanos e, portanto, irmãos."
  • "Quase sempre minorias criativas e dedicadas tornam o mundo melhor."
  • "Nossa eterna mensagem de esperança é que a aurora chegará."
  • "Se um homem não descobriu algo por que morrer, ele não está preparado para viver."
  • "Sonho com o dia em que a justiça correrá como água e a retidão como um caudaloso rio."
  • "O ser humano deve desenvolver, para todos os seus conflitos, um método que rejeite a vingança, a agressão e a retaliação. A base para esse tipo de método é o amor."
  • "através da violência você pode matar um assassino, mas não pode matar o assassinato. Através da violência você pode matar um mentiroso, mas não pode estabelecer a verdade. Através da violência você pode matar uma pessoa odienta, mas não pode matar o ódio. A escuridão não pode extingüir a escuridão. Só a luz pode."
  • "Não fiz o melhor, mas fiz tudo para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas não sou o que era antes."
  • "Mesmo as noites completamente sem estrelas, podem anunciar a aurora de uma grande realização."
  • "A Verdadeira paz somente não é a ausência de tensão, é a presença de justiça."
  • "Nós temos que combinar a dureza da serpente com a suavidade da pomba, uma mente dura e um coração tenro."
  • "Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez conscienciosa."
  • "O Amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo."
  • "Eu tenho o sonho de ver um dia meus 4 filhos vivendo numa nação em que não sejam julgados pela cor de sua pele, mas sim pelo seu caráter."
  • "Pessoas oprimidas não podem permanecer oprimidas para sempre."

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

DE QUE VALE .... . . . . . .

De que vale o amor
quando não posso manifestar ?
De que vale a riqueza
Sem ter alguém para amar ?

O amor é um sentimento
Que do mal pode nos livrar
Nos trazendo a esperança
e muita força para lutar .

Quando a luz no fim do túnel
está prestes a se apagar ;
ele chega com sua força
Pronto para iluminar.

Vem com pressa , vem sem medo
Ele veio para ficar .
Sentimento puro e sincero ,
maior presente que alguém pode desejar

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

TO YOU

A friend is like a flower,
a rose to be exact,
Or maybe like a brand new gate
that never comes unlatched.
A friend is like an owl,
both beautiful and wise.
Or perhaps a friend is like a ghost,
whose spirit never dies.
A friend is like a heart that goes
strong until the end.
Where would we be in this world
if we didn't have a friend. - By Emma Guest

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

NÃO DESISTA DO AMOR . . . . . . . . .

Eu sei que é difícil esperar
Mas Deus tem um tempo pra agir e pra curar
Só é preciso confiar

Se a cruz lhe pesa
Não é pra se entregar
mas pra se aprender amar
Como alguém que não desiste

A dor faz parte do cultivo desta fé
E só quem sabe o que se quer
Quem luta para conseguir ser feliz

Não desista do amor, não desista de amar
Não se entregue a dor porque ela um dia vai passar
Se a cruz lhe pesou e quer se entregar
Tal como Cirineu, Cristo vai lhe ajudar

terça-feira, 13 de novembro de 2007


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

I CAN FLY



I used to think that I could not go on
And life was nothing but an awful song
But now I know the meaning of true love
I'm leaning on the everlasting arms

If I can see it, then I can do it
If I just believe it, there's nothing to it

I believe I can fly
I believe I can touch the sky
I think about it every night and day
Spread my wings and fly away
I believe I can soar
I see me running through that open door
I believe I can fly
I believe I can fly
I believe I can fly

See I was on the verge of breaking down
Sometimes silence can seem so loud
There are miracles in life I must achieve
But first I know it starts inside of me, oh

If I can see it, then I can be it
If I just believe it, there's nothing to it

I believe I can fly
I believe I can touch the sky
I think about it every night and day
Spread my wings and fly away
I believe I can soar
I see me running through that open door
I believe I can fly
I believe I can fly
I believe I can fly

Hey, 'cause I believe in me, oh

If I can see it, then I can do it
If I just believe it, there's nothing to it

I believe I can fly
I believe I can touch the sky
I think about it every night and day
Spread my wings and fly away
I believe I can soar
I see me running through that open door
I believe I can fly
I believe I can fly
I believe I can fly

Hey, if I just spread my wings
I can fly
I can fly
I can fly, hey
If I just spread my wings
I can fly

Fly-eye-eye

domingo, 11 de novembro de 2007

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

ONDE ESTÁS?

ONDE ESTÁS?
NA ÁRDUA VONTADE DE TE TER E TE QUERER
FIZ DE MIM OBJETO TEU
E AGORA
ONDE ESTÁS?
SEI QUE EXISTE POIS ÉS PARTE DE MIM


MAS E AGORA.....
ONDE ESTÁS


TE QUERO AGORA
E AGORA NÃO POSSO TE TER
ME CALO
NO AGUARDO DE TUA PRESENÇA
PARA QUE VENHAS E TOME CONTA DO QUE ME FAZ CALAR

TE GRITO
CALADO
POIS O SOM SOME E ASSUME UM LUGAR QUE NÃO É DELE


ONDE ESTÁS
INSPIRAÇÃO



ONDE ESTÁS . . . .


TE DEVORO


Teus sinais me confundem da cabeça aos pés Mas por dentro eu te devoro ... Teu olhar não me diz exato quem tu és Mesmo assim eu te devoro, Te devoraria ... A qualquer preço Porque te ignoro ou te conheço Quando chove ou quando faz frio Noutro plano te devoraria Tal Caetano a Leonardo di Caprio É um milagre ... Tudo que Deus criou pensando em você ... Fez a Via-Láctea , fez os dinossauros Sem pensar em nada fez a minha vida E te deu ... Sem contar os dias que me faz morrer Sem saber de ti jogado à solidão Mas se quer saber se eu quero outra vida ... Não ... não ... ! Eu quero mesmo é viver , Pra esperar , esperar ... Devorar você ...

ONE JUST IT


Is it getting better Or do you feel the same Will it make it easier on you now You got someone to blame You say... One love One life When it's one need In the night One love We get to share it Leaves you baby if you Don't care for it Did I disappoint you Or leave a bad taste in your mouth You act like you never had love And you want me to go without Well it's... Too late Tonight To drag the past out into the light We're one, but we're not the same We get to Carry each other Carry each other One... Have you come here for forgiveness Have you come to raise the dead Have you come here to play Jesus To the lepers in your head Did I ask too much More than a lot You gave me nothing Now it's all I got We're one But we're not the same Well we Hurt each other Then we do it again You say Love is a temple Love a higher law Love is a temple Love the higher law You ask me to enter But then you make me crawl And I can't be holding on To what you got When all you got is hurt One love One blood One life You got to do what you should One life With each other Sisters Brothers One life But we're not the same We get to Carry each other Carry each other One...life One

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

DIZER O QUE ??????


O QUE MAIS TENHO A DIZER????
Teu riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria ra.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda

METADE Osvaldo Montenegro E que a força do medo que eu tenho Não me impeça de ver o que anseio Que a morte de tudo que acredito Não me tape os ouvidos e a boca Porque metade de mim é o que eu grito Mas a outra metade é o silêncio. Que a música que eu ouço ao longe Seja linda, ainda que triste Que a mulher que eu amo Seja para sempre amada Mesmo que distante Porque a metade de mim é partida E a outra metade é saudade. Que as palavras que eu falo Não sejam preces Nem repetidas com fervor, apenas respeitadas Como a única coisa Que resta a uma mulher inundada de sentimento Porque a metade de mim é o que ou ouço Mas a outra metade é o que calo Que essa minha vontade de ir embora Se transforme na calma E na paz que eu mereço. Que essa tensão que me corrói por dentro Seja um dia recompensada Porque metade de mim é o que penso E a outra metade é vulcão Que o medo da solidão se afaste Que conviver comigo mesma Se torne ao menos suportável Que o espelho reflita em meu rosto Um doce sorriso Que me lembro ter dado na infância Porque metade de mim é a lembrança do que fui E a outra metade, não sei. Que não seja preciso Mais do que uma simples alegria Para me fazer aquietar o espírito E o que o teu silêncio Me fale cada vez mais Porque metade de mim é abrigo Mas a outra metade é cansaço Que a arte nos aponte um resposta Mesmo que eu não saiba E que ninguém a tente complicar Porque é preciso simplicidade Pra fazê-la florescer Porque metade é a platéia E a outra metade é canção E que a minha loucura seja perdoada Porque metade de mim é amor E a outra metade... T A M B É M

sábado, 27 de outubro de 2007

CERTEZAS


Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível...
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

EMOTION

It's over and done
But the heartache lives on inside
And who's the one you're clinging to
Instead of me tonight?
And where are you now, now that I need you?
Tears on my pillow wherever you go
I'll cry me a river that leads to your ocean
You'll never see me fall apartIn the words of a broken heart
It's just emotion taking me over
Caught up in sorrow
Lost in the song
But if you don't come back
Come home to me, darling
Don't you know there's nobody left in this world to hold me tight?
Don't you know there's nobody left in this world to kiss goodnight
Goodnight, goodnight
I'm there at your side,
I'm part of all the things you are
But you've got a part of someone else
You've got to find your shining star
And where are you now, now that I need you?
Tears on my pillow wherever you go
I'll cry me a river that leads to your ocean
You'll never see me fall apart
In the words of a broken heartIt's just emotion taking me over
Caught up in sorrowLost in the song
But if you don't come back
Come home to me, darling
Don't you know there's nobody left in this world to hold me tight?
Don't you know there's nobody left in this world to kiss goodnight
Goodnight, goodnight
And where are you now, now that I need you?
Tears on my pillow wherever you go
I'll cry me a river that leads to your ocean
You'll never see me fall apartIn the words of a broken heart
It's just emotion taking me over
Caught up in sorrow
Lost in the song
But if you don't come back
Come home to me, darling
Don't you know there's nobody left in this world to hold me tight?
Don't you know there's nobody left in this world to kiss goodnight
Goodnight, goodnight

quinta-feira, 19 de abril de 2007

ONLY AN AMAZING GRACE

Amazing Grace,

how sweet the sound,

That saved a wretch like me....

I once was lost but now am found,

Was blind, but now,

I see.

T'was Grace that taught...my heart to fear.

And Grace, my fears relieved.

How precious did that Grace appear...the hour I first believed.

Through many dangers, toils and snares...we have already come.

T'was Grace that brought us safe thus far...and Grace will lead us home.

The Lord has promised good to me...

His word my hope secures.

He will my shield and portion be...as long as life endures.

When we've been here ten thousand years...bright shining as the sun.

We've no less days to sing God's praise...then when we've first begun.

"Amazing Grace, how sweet the sound,

That saved a wretch like me....

I once was lost but now am found,

Was blind, but now,

I see.

Um dia . . . . . .

Um dia, descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.
Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia, nós percebemos que as mulheres tem instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer.
Um dia, descobrimos que se apaixonar é inevitável.
Um dia, percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples.
Um dia, percebemos que o comum não nos atrai.
Um dia, saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom.
Um dia, percebemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você.
Um dia, saberemos a importância da frase: " tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
Um dia, perceberemos que somos muito importantes para alguém mas não damos valor a isso. Um dia, perceberemos como aquele amigo faz falta, mas aí já é tarde demais.
Enfim, um dia, descobriremos que, apesar de viver quase um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer tudo o que tem que ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.











Mário Quintana

A GRANDIOSIDADE NO SILENCIO

Será que algum dia já paramos para refletir o quão forte e o psiu . . . . .
O mesmo psiu que nos faz sermos gerados no ventre materno;
O psiu que nos acompanha no leito mortal;
O psiu que cala nossos sedentos lábios em um beijo;
O psiu de um olhar que aprova e reprova;
O psiu que e quebrado pelo choro de um filho a noite que clama pelo seu carinho;
O psiu de um abraço forte;
O psiu
O psi

O ps
O p
O

psiu



domingo, 15 de abril de 2007

EU TENHO UM SONHO - ATENDENDO AO PEDIDO DA TANI RSRSRSRSRS

Eu Tenho Um Sonho Martin Luther King, Jr. 28 de agosto de 1963 Washington, D.C.
Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de Indepêndencia, estavam assinando uma nota promissória de que todo norte americano seria herdeiro. Esta nota foi a promessa de que todos os homens, sim, homens negros assim como homens brancos, teriam garantidos os inalienáveis direitos à vida, liberdade e busca de felicidade.
Mas existe algo que preciso dizer à minha gente, que se encontra no cálido limiar que leva ao templo da Justiça. No processo de consecução de nosso legítimo lugar, precisamos não ser culpados de atos errados. Não procuremos satisfazer a nossa sede de liberdade bebendo na taça da amargura e do ódio. Precisamos conduzir nossa luta, para sempre, no alto plano da dignidade e da disciplina. Precisamos não permitir que nosso protesto criativo gere violência físicas. Muitas vezes, precisamos elevar-nos às majestosas alturas do encontro da força física com a força da alma; e a maravilhosa e nova combatividade que engolfou a comunidade negra não deve levar-nos à desconfiança de todas as pessoas brancas. Isto porque muitos de nosssos irmãos brancos, como está evidenciado em sua presença hoje aqui, vieram a compreender que seu destino está ligado a nosso destino. E vieram a compreender que sua liberdade está inextricavelmente unida a nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. E quando caminhamos, precisamos assumir o compromisso de que sempre iremos adiante. Não podemos voltar.
Digo-lhes hoje, meus amigos, embora nos defrontemos com as dificuldades de hoje e de amnhã, que eu ainda tenho um sonho. E um sonho profundamente enraizado no sonho norte americano.
Eu tenho um sonho de que um dia, esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: "Achamos que estas verdades são evidentes por elas mesmas, que todos os homens são criados iguais".
Eu tenho um sonho de que, um dia, nas rubras colinas da Geórgia, os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos senhores de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho de que, um dia, até mesmo o estado de Mississipi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Eu tenho um sonho de que meus quatro filhinhos, um dia, viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele e sim pelo conteúdo de seu caráter.
Quando deixarmos soar a liberdade, quando a deixarmos soar em cada povoação e em cada lugarejo, em cada estado e em cada cidade, poderemos acelerar o advento daquele dia em que todos os filhos de Deus, homens negros e homens brancos, judeus e cristãos, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar com as palavras do antigo spiritual negro: " Livres, enfim. Livres, enfim. Agradecemos a Deus, todo poderoso, somos livres, enfim.

I HAVE A DREAM

I am happy to join with you today in what will go down in history as the greatest demonstration for freedom in the history of our nation.
Five score years ago, a great American, in whose symbolic shadow we stand today, signed the Emancipation Proclamation. This momentous decree came as a great beacon light of hope to millions of Negro slaves who had been seared in the flames of withering injustice. It came as a joyous daybreak to end the long night of their captivity.
But one hundred years later, the Negro still is not free. One hundred years later, the life of the Negro is still sadly crippled by the manacles of segregation and the chains of discrimination. One hundred years later, the Negro lives on a lonely island of poverty in the midst of a vast ocean of material prosperity. One hundred years later, the Negro is still languishing in the corners of American society and finds himself an exile in his own land. So we have come here today to dramatize a shameful condition.
In a sense we have come to our nation's capital to cash a check. When the architects of our republic wrote the magnificent words of the Constitution and the Declaration of Independence, they were signing a promissory note to which every American was to fall heir. This note was a promise that all men, yes, black men as well as white men, would be guaranteed the unalienable rights of life, liberty, and the pursuit of happiness.
It is obvious today that America has defaulted on this promissory note insofar as her citizens of color are concerned. Instead of honoring this sacred obligation, America has given the Negro people a bad check, a check which has come back marked "insufficient funds." But we refuse to believe that the bank of justice is bankrupt. We refuse to believe that there are insufficient funds in the great vaults of opportunity of this nation. So we have come to cash this check — a check that will give us upon demand the riches of freedom and the security of justice. We have also come to this hallowed spot to remind America of the fierce urgency of now. This is no time to engage in the luxury of cooling off or to take the tranquilizing drug of gradualism. Now is the time to make real the promises of democracy. Now is the time to rise from the dark and desolate valley of segregation to the sunlit path of racial justice. Now is the time to lift our nation from the quick sands of racial injustice to the solid rock of brotherhood. Now is the time to make justice a reality for all of God's children.
It would be fatal for the nation to overlook the urgency of the moment. This sweltering summer of the Negro's legitimate discontent will not pass until there is an invigorating autumn of freedom and equality. Nineteen sixty-three is not an end, but a beginning. Those who hope that the Negro needed to blow off steam and will now be content will have a rude awakening if the nation returns to business as usual. There will be neither rest nor tranquility in America until the Negro is granted his citizenship rights. The whirlwinds of revolt will continue to shake the foundations of our nation until the bright day of justice emerges.
But there is something that I must say to my people who stand on the warm threshold which leads into the palace of justice. In the process of gaining our rightful place we must not be guilty of wrongful deeds. Let us not seek to satisfy our thirst for freedom by drinking from the cup of bitterness and hatred.
We must forever conduct our struggle on the high plane of dignity and discipline. We must not allow our creative protest to degenerate into physical violence. Again and again we must rise to the majestic heights of meeting physical force with soul force. The marvelous new militancy which has engulfed the Negro community must not lead us to distrust of all white people, for many of our white brothers, as evidenced by their presence here today, have come to realize that their destiny is tied up with our destiny and their freedom is inextricably bound to our freedom. We cannot walk alone.
As we walk, we must make the pledge that we shall march ahead. We cannot turn back. There are those who are asking the devotees of civil rights, "When will you be satisfied?" We can never be satisfied as long as the Negro is the victim of the unspeakable horrors of police brutality. We can never be satisfied, as long as our bodies, heavy with the fatigue of travel, cannot gain lodging in the motels of the highways and the hotels of the cities. We can never be satisfied as long as a Negro in Mississippi cannot vote and a Negro in New York believes he has nothing for which to vote. No, no, we are not satisfied, and we will not be satisfied until justice rolls down like waters and righteousness like a mighty stream.
I am not unmindful that some of you have come here out of great trials and tribulations. Some of you have come fresh from narrow jail cells. Some of you have come from areas where your quest for freedom left you battered by the storms of persecution and staggered by the winds of police brutality. You have been the veterans of creative suffering. Continue to work with the faith that unearned suffering is redemptive.
Go back to Mississippi, go back to Alabama, go back to South Carolina, go back to Georgia, go back to Louisiana, go back to the slums and ghettos of our northern cities, knowing that somehow this situation can and will be changed. Let us not wallow in the valley of despair.
I say to you today, my friends, so even though we face the difficulties of today and tomorrow, I still have a dream. It is a dream deeply rooted in the American dream.
I have a dream that one day this nation will rise up and live out the true meaning of its creed: "We hold these truths to be self-evident: that all men are created equal."
I have a dream that one day on the red hills of Georgia the sons of former slaves and the sons of former slave owners will be able to sit down together at the table of brotherhood.
I have a dream that one day even the state of Mississippi, a state sweltering with the heat of injustice, sweltering with the heat of oppression, will be transformed into an oasis of freedom and justice.
I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.
I have a dream today.
I have a dream that one day, down in Alabama, with its vicious racists, with its governor having his lips dripping with the words of interposition and nullification; one day right there in Alabama, little black boys and black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers.
I have a dream today.
I have a dream that one day every valley shall be exalted, every hill and mountain shall be made low, the rough places will be made plain, and the crooked places will be made straight, and the glory of the Lord shall be revealed, and all flesh shall see it together.
This is our hope. This is the faith that I go back to the South with. With this faith we will be able to hew out of the mountain of despair a stone of hope. With this faith we will be able to transform the jangling discords of our nation into a beautiful symphony of brotherhood. With this faith we will be able to work together, to pray together, to struggle together, to go to jail together, to stand up for freedom together, knowing that we will be free one day.
This will be the day when all of God's children will be able to sing with a new meaning, "My country, 'tis of thee, sweet land of liberty, of thee I sing. Land where my fathers died, land of the pilgrim's pride, from every mountainside, let freedom ring."
And if America is to be a great nation this must become true. So let freedom ring from the prodigious hilltops of New Hampshire. Let freedom ring from the mighty mountains of New York. Let freedom ring from the heightening Alleghenies of Pennsylvania!
Let freedom ring from the snowcapped Rockies of Colorado!
Let freedom ring from the curvaceous slopes of California!
But not only that; let freedom ring from Stone Mountain of Georgia!
Let freedom ring from Lookout Mountain of Tennessee!
Let freedom ring from every hill and molehill of Mississippi. From every mountainside, let freedom ring.
And when this happens, When we allow freedom to ring, when we let it ring from every village and every hamlet, from every state and every city, we will be able to speed up that day when all of God's children, black men and white men, Jews and Gentiles, Protestants and Catholics, will be able to join hands and sing in the words of the old Negro spiritual, "Free at last! free at last! thank God Almighty, we are free at last!"